Internet está quase na crise dos 40

Pois é a Internet terá feito 35 anos. E também o Última Hora do Público escreveu sobre o assunto.

E em Londres, temos supostamente o primeiro ciber-café do mundo que comemora décimo aniversário.

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Internet | Tecnologia   02-09-2004 – 08h08 | Catarina Cristão (PÚBLICO)

Primeira comunicação aconteceu em 1969

Internet faz hoje 35 anos

A Internet, tal como a conhecemos hoje, cheia de imagens, vídeos e animações, só apareceu na década de 90. Mas a primeira comunicação entre um computador e outra máquina – o “embrião” da troca de informação virtual à escala planetária – aconteceu a 2 de Setembro de 1969, na Universidade da Califórnia. A máquina era um “router”, na altura com o nome de Interphase Message Processor, do tamanho de um frigorífico.

Hoje, passados 35 anos, milhões de computadores estão em interacção para trocar dados, permitir a compra de produtos e serviços e pôr em contacto uma grande fatia da população da Terra.

Mas foi a 2 de Setembro de 1969 que tudo começou. Essa pode ser, de facto, a data do nascimento da Internet, embora os cientistas afirmem que não há uma data única. O objectivo era mandar uma mensagem de um dos computadores da UCLA, sob a supervisão de Leonard Kleinrock, para outro no Instituto de Investigação de Stanford, no norte da Califórnia. Ao escrever-se numa consola a palavra “log”, os investigadores esperavam obter do computador de Stanford uma resposta automática, ao acrescentar “in”, para completar “login”.

A Internet surgiu por uma necessidade específica: o Departamento de Defesa dos EUA tinha encarregado a Agência de Projectos Avançados de Investigação (ARPA, na sigla em inglês) de criar uma rede de computadores militares – a ARPANet.

Procurou-se desenvolver um sistema que enviasse informação fragmentada em pacotes de dados, para que circulasse livremente pela rede militar. Esta rede daria aos cientistas dos centros seleccionados a facilidade de aceder à informação existente nos computadores uns dos outros.

No início dos anos 80, os militares abandonaram a ARPANet, mas deixaram a Internet como legado. Várias instituições académicas e departamentos governamentais ligaram a sua rede de computadores à Internet.

Mas essa Internet não tinha nada a ver com a de hoje. Era apenas uma mancha de caracteres. Só na última década saiu da redoma universitária para ganhar o interesse do público e dos empresários, que conjecturaram na rede um novo centro de negócios. Foi o aparecimento da World Wide Web (WWW), desenvolvida em 1990 por Tim Berners-Lee, no Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), em Genebra.

A partir daí, a Internet passou a encher-se de páginas com sons, imagens e animações, tornando-se numa imensa cadeia de redes onde o acesso a um gigantesco reservatório de informação é fácil e rápido. Sinal da sua vulgarização é a revista “Wired” ter anunciado que vai deixar de escrever Internet com “I” maiúsculo.

Em Portugal, a rede começou em 1983, no Instituto de Engenharia de Sistemas de Computadores, que ligou os seus computadores ao nó central da rede europeia, na Holanda. Mas só em 1994 apareceram os primeiros servidores para o público em geral.

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AFP, PUBLICO.PT
Londres: primeiro ciber-café do mundo comemora décimo aniversário

O primeiro ciber-café do mundo comemora hoje o décimo aniversário da sua criação, no centro de Londres.

Nascido em 1994 da imaginação de Eva Pascoe, estudante polaca de psicologia, o Cafe Cyberia mudou de nome para BTR Internet Cafe e pertence a investidores sul-coreanos. No entanto, a localização mantém-se a mesma de quando abriu as portas a 1 de Setembro de 1994, no bairro de Tottenham Court Road, Londres.

Inicialmente, a ideia era simples mas revolucionária: permitir aos clientes navegar na Internet pelo preço de um café.

O Cafe Cyberia conseguiu, na altura da sua abertura, despertar a curiosidade de investidores como o cantor Mick Jagger. O conceito desenvolveu-se e espalhou-se pela Grã-Bretanha e pelo estrangeiro, existindo hoje cerca de 20 mil ciber-cafés em 171 países do mundo. Em 2000, abriu o primeiro café com Internet no distante Butão, nos Himalaias, e em 2003 foi financiado um num campo base do Monte Evereste.

“Ainda utilizamos a linha do Cyberia para nos ligarmos à Internet, a mais rápida do país com 10Mb”, explicou um dos gestores do café londrino. “Até a máquina do café continua a ser a mesma”.